Ethereum como opção de investimento e concorrência futura
Se você reparar, vai ver que a criptomoeda Ethereum (ETH) está presente em todos os portólios de investidores. Porém, há uma ressalva. Hoje Ethereum ainda tem essa relevância na minha carteira porque acredito que no curto-médio prazos ela ainda tem boa chance de valorizar, devido a atualizações que estão previstas no código e à consolidação que o projeto já possui no mercado.
Mas o que pouca gente está se dando conta é a quantidade de projetos bons que estão surgindo na área de smart contracts (que é o nicho da Ethereum). Existem pelo menos 7 fortes projetos com chances de um dia superarem a Ethereum, como Cardano, Algorand, Avalanche, entre outros, e esse número de concorrentes só aumenta com o tempo. Smart contracts são uma área muito grande e promissora, e por isso diversos times fortes estão de olho nesse mercado.
No longo prazo, acredito que a Ethereum irá perder seu reinado. Todo projeto inovador carrega consigo um peso, que é a lentidão na evolução. Um exemplo clássico disso é o próximo bitcoin, que costuma estar no portfólio dos investidores, mas é conservador demais nas suas atualizações do protocolo base.
Quando a Ethereum surgiu, o ato de programar um blockchain já era novidade suficiente para dar tração ao projeto, então o código partiu de uma situação muito arcaica (não user friendly para os programadores, limitações de escalabilidade, etc.), apesar de inovadora. Agora, para corrigir essas debilidades, é muito mais difícil pois o projeto já está rodando, então toda alteração acaba sendo custosa, demorada e cautelosa, afinal existem projetos milionários já rodando sob a plataforma.
Por outro lado, projetos novos podem desenvolver soluções para os problemas da Ethereum sem ter que se preocupar com a migração do sistema antigo para o novo, basta iniciar do zero com uma arquitetura superior e mais eficiente. Essa velocidade permite que bons programadores aprendam com os erros da Ethereum e ofereçam uma plataforma melhor em menos tempo.
Obviamente, nem sempre a melhor tecnologia vence, mas quando a questão são custos operacionais, e considerando que o mercado cripto ainda é pequeno e tem muito para crescer, muita coisa pode mudar. É uma discussão longa e difícil de se chegar a uma conclusão simples.
Resumindo, para o longo prazo não enxergo Ethereum como um potencial promissor devido à concorrência, mas para o curto-médio prazos acredito que ainda vale a pena segurar alguns ETHs na carteira, principalmente considerando que nos próximos meses haverá o desdobramento dos rollups, o merge da beacon chain e o sharding sendo implementados.
Mas não podemos negar que a Ethereum é uma representação muito boa sobre o conceito de web3. Ethereum é como a Internet deveria funcionar. É uma plataforma resistente à censura, onde os programadores podem construir aplicações descentralizadas. Ao contrário dos serviços em linha tradicionais, não existe um servidor centralizado que possa ser desligado ou hackeado.
Essencialmente, Ethereum é uma diversificação porque é diferente do Bitcoin de várias formas. Primeiro, Ethereum possui a possibilidade de criação de smart contracts com completude de Turing, o que significa que pode executar qualquer programa, independentemente da sua complexidade. Segundo, Ethereum tem uma linguagem de programação muito mais rica do que Bitcoin, o que facilita o desenvolvimento de aplicações.
Apesar de madura, a Ethereum ainda se encontra nas suas fases iniciais, e as suas potenciais aplicações ainda não estão totalmente realizadas. Mas sem dúvidas a plataforma já atraiu uma comunidade apaixonada de promotores e investidores, sendo a maior do ramo.
Ethereum é uma tecnologia empolgante com potencial para revolucionar a forma como interagimos com o mundo online. Se outro gigante irá surgir, só o tempo dirá. A melhor opção, portanto, é diversificar.